Até este momento os homens nativos deste planeta, perceberam ao contrário, ou não muito bem, algumas das coisas que ensinámos. E confundiram-nos com seres (irreais) que nas suas línguas chamam deuses. E com toda a certeza, combinaram entre eles adorar-nos. E nós recusamos esta confusão. E eles converteram em ritos de carácter irreal, religiosos como dizem as suas línguas, as nossas tentativas de (comunicar-nos com) o nosso mundo, com o nosso (planeta) de Tulán. Habitualmente assistíamos à hora mais propícia onde (instalamos) a grande equipa (de transmissão) que pudemos salvar do desastre. E nenhum de nós, dos que ali ficámos, tínhamos noticia ou conhecimento da arte difícil e trabalhosa da (manipulação) da grande equipa.
Um cabal (técnico) nosso, só um, tinha podido restitui-lo e fazê-lo funcionar, porque (o seu cérebro) tinha a potência exacta e as suas palavras eram pronunciadas com a entoação perfeita, que conseguia o equilíbrio que fazia funcionar até a (trama) mais sensível que o nosso desconhecimento, como disse antes, foi pouco a pouco destruindo com a terrível ajuda do tempo de um (clima) inclemente e superior (a nível de temperatura). E finalmente não tivemos nada daquilo que tinha de ser, nem ninguém que soubesse para dar instruções sobre o tema e assim conseguir outras (comunicações).
O único (técnico) que entre nós sobreviveu ao desastre, também se desfez passado o tempo, conseguindo comunicar numa oportunidade. E então apressámo-los com o socorro necessário da segunda (expedição). E cruzaram-se e misturaram-se as (ondas e as) palavras como se se falassem línguas de compreensão impossível; e só sabíamos que sairiam ou tinham saído. E que (na nave) viriam Phrom-Ekteo, Xzhat-Zlhomótn, Atharz-Xhiash e outros, (que eram) mais de 200 e mais de 300...
Para isso nos reuníamos todos, e já não éramos nem 20 nem 10, perante a grande equipa. E concentrávamo-nos e pronunciávamos (as palavras) com a mesma modulação (uníssonos) e depois esperávamos a desejada resposta que não voltava, que não se repetiu nunca mais.
Chamamos a atenção de forma especial sobre esta figura. É inegável que esta personagem, seja ele quem for, foi visto com "óculos" pelo artista que reproduziu a sua imagem. Não é presumível que este escultor anónimo pré-colombiano inventara semelhante criação.
- Atharz-Xhiash
- "No grande arquivo hitita descoberto em Boghaz-Kevi no norte da Turquia central há várias referências no período de 1365 a 1200 a.d.n.c., a um reino chamado Aquíyava na língua hitita, em que um dos governantes se chamava Atarshiyash". Finley: O mundo de Odisseia, p.20. Cadernos de Arte e Sociedade, Instituto Cubano do Livro, 1970
Índice
- 0: Comentário preliminar de Valum Votan
- 1: Um testemunho, sem dúvida alguma, Maia…
- 2: Esta é a Minha Vontade
- 3: A hora de descender
- 4: Visto que não somos cem nem duzentos
- 5: Inventámos esta palavra depois
- 6: E foram as suas palavras ditas desta forma…
- 7: E então começamos a construir onde viver
- 8: Acabados de chegar aos seus povos assombramo-nos muito…
- 9: Os que ali ficámos…
- 10: Da maneira de mover pedras muito grandes
- 11: E mostravam ser muito bons (mestres) em tudo
- 12: E assim aprenderam a lutar
- 13: Eu, o Velho Chac-Le, o último do meu grupo…